sábado, 25 de julho de 2009

Eco.

depois do silêncio...você sabe.
vem o estrondo.
e vem de dentro. vem das vezes que implodi.
dos monstros que engoli.
das catástrofes que não causei
por pensar duas ou três vezes, olhar os tacos e as bolas
e janelas
e as pessoas que esperavam pra ver o que eu faria
sabendo o que eu queria e temendo por isso.
e neguei a todos, pra sofrer sozinho.
acendi cigarros pra apagar incêndios internos.
observei o céu, pra ter noção de distância.
e desejei não me lembrar. triste isso.
e comecei a caminhar...pensava blues.
afundei no asfalto.
talvez tenha derrubado uma lágrima, que se dissolveu na poça.
e me odiei, tanto quanto te amei.
mas a noite seguia. apenas deslizei, ladeira acima.
me perdi de propósito, pra ignorar vestígios.
mas cada paralelepípedo me dizia que não poderia fugir.
sentei, chorei e ri.
não há fuga, não de ti.
ainda aqui. ainda...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Down.

Eu não sei o que o meu corpo abriga
Nestas noites quentes de verão
E nem me importa que mil raios partam
Qualquer sentido vago de razão
Eu ando tão down
Eu ando tão down

Outra vez vou te cantar, vou te gritar
Te rebocar do bar
E as paredes do meu quarto vão assistir comigo
À versão nova de uma velha história
E quando o sol vier socar minha cara
Com certeza você já foi embora
Eu ando tão down
Eu ando tão down

Outra vez vou te esquecer
Pois nestas horas pega mal sofrer
Da privada eu vou dar com a minha cara
De babaca pintada no espelho
E me lembrar, sorrindo, que o banheiro
É a igreja de todos os bêbados
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Down... down


é...cazuza.