terça-feira, 17 de abril de 2012
Uma réstia de sol
Eu quero de volta o brilho nos olhos
e o sorriso que me contamina
e que chega antes do toque que arrepia
o beijo que umedece e precede
o ar que sai dos seus pulmões e me aquece
a pele, o tato das mãos que agarram sem pretensão
de soltar
cheias de calor que enlouquece e preenche
isso sem falar dos cabelos que espalham
o cheiro fresco de banho pelo ar e
das omoplatas feito alças pra pegar ou
da curva que desce pelas tuas costas
para eu deslizar até suas pernas que me enrolam
feito cobras
e subir dizendo baixo em seu ouvido
aquilo que tu gostas de ouvir
dizer que se não for pra te amar
eu prefiro partir e esquecer de lembrar
que você existe em qualquer lugar
fora de mim
é triste que no final das contas
o amor seja assim
um sim
depois um não
depois o fim
(então penso que se é amor não pode ter fim)
então invento um novo início
onde todo o sofrimento e suplício
já havia sido vivido noutro dia
e o que resta é uma manhã de domingo
uma réstia de sol que alcança nossos pés na cama
e um abraço longo ao invés do bom dia...
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